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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

ENTRADA PARA A ESCOLLA

Após o momento que se iniciou a alimentação diversificada na criança, deve-se, aos poucos, adequar o dia alimentar da criança ao de toda a sua família e melhorar este se for necessário. Uma criança permite, se souberem aproveitar, melhorar os hábitos alimentares de uma família. Esta é a fase mais importante na criação de novas regras e consolidação das anteriormente iniciadas. Incutir hábitos que possam perdurar pela vida fora, contribuindo para um bom estado de saúde que, é um dos bens mais preciosos.
Eis, então, alguns hábitos a promover:
1. Número de refeições.
Deve ser de cinco: café da manhã, merenda do meio da manhã, almoço, lanche e jantar;
2. O horário das refeições.

Deve ser mais ou menos fixo e o intervalo entre elas deve ser aproximadamente de 3h a 3h30m, não excedendo nunca as 4h, nem ser anterior às 2h30m;
3. Todos os alimentos são permitidos.

Deve variar-se o mais possível. Por ordem crescente de quantidade será: carne, peixe e ovos, leite e derivados como o iogurte e o queijo; cereais e produtos hortícolas como batata, massa, arroz, feijão, pão; frutas e legumes como laranja, maça, pêssego, uvas, tomate, couves, espinafres, gorduras como manteiga e azeite. É fundamental impedir que as crianças percam o hábito de consumir frutas e legumes. Só a ingestão variada de alimentos possibilita a satisfação das necessidades dos diferentes nutrientes que contribuem para o bom desenvolvimento físico e intelectual, reparação celular, manutenção da temperatura corporal, desempenho ideal das várias funções biológicas e disponibilidade energética para a realização de tarefas intelectuais e físicas
Quanto às bebidas a água é o líquido de eleição, sem esquecer que desde que seja própria para consumo, podendo também ingerir-se sumos naturais, sempre que possível preparados na hora, infusões e outros refrescos não açucarados.
Para a criança os exemplos são muito importantes, tal como o cumprimento de regras bem definidas. Uma criança nunca vai perceber por que é que um dia pôde comer dois caramelos e noutro dia, quando pediu, já não pôde e ainda disseram que fazia mal. Ou pode ou não pode comer; a criança não compreende situações especiais, ainda não tem sentido crítico, para ela é tudo muito concreto. Também o exemplo dos que com ela convivem é muito importante; se o leite é bom por que é que a mãe não o toma? Por que é que só ela tem de comer sopa? O pai nunca come peixe? Estes e outros exemplos levam a que a criança não compreenda porque só ela tem que comer de determinada maneira e, por isso, o seu comportamento vai na direcção da imitação daqueles que ela mais gosta: os seus familiares
4. Evitar e impedir o consumo continuado de doces, guloseimas e refrigerantes. É verdade que é difícil resistir ao elevado apelo que a indústria e o comércio fazem na direcção do consumo, mas só a nós cabe a decisão de seguir pelo caminho mais correcto. Compete aos adultos retardar até ao inevitável a utilização destas substancias por parte das crianças. Convém compreender o real perigo que estes produtos representam na dieta alimentar, por causarem desequilíbrios nutricionais e falta de apetite, criarem habituação, serem os principais responsáveis pelo aparecimento, precoce e grave, de cárie dentária, utilização de corantes, aromatizantes e outros aditivos que não acrescentam nada de bom e, ainda, por custarem dinheiro, percebemos que não faz qualquer sentido o seu consumo.
Tudo o que foi dito para estes produtos é igualmente válido para outros como "snacks", batatas fritas de pacote e afins.
5. Proibido dar qualquer tipo, em qualquer quantidade, de bebidas alcoólicas.

O nosso organismo só termina o seu desenvolvimento por volta dos 18 anos. O álcool afecta esse desenvolvimento, por vezes de modo irreparável, sendo por isso indesejável a ingestão de bebidas alcoólicas antes da idade adulta. É por essa razão fundamental impedir o seu consumo por parte das crianças e jovens.
6. Interesse-se pelas refeições servidas na escollinha.

Não deixe ao acaso a alimentação e a saúde do seu filho, intervenha no sentido de melhorar qualquer situação caso seja necessário e esteja atento. Também é necessário ficar atento aos avós, às amas, às babas pois estes tendem a fazer as "vontades" dos meninos. Mostre-lhes o quanto podem ser prejudiciais os "mimos" que eles pensam estar a dar.

Nada disto é fácil, mas é estranho e muito importante pensar que os maus hábitos adquiridos pelas crianças, são incutidos e permitidos normalmente por aqueles que mais gostam delas.