Em
1961 surge o primeiro levantamento das receitas tradicionais portuguesas,
organizado por Maria de Lurdes Modesto. Mesmo assim ficou no ar a origem de
muitos pratos tradicionais da nossa cozinha.
O
bacalhau à Brás, por exemplo. Ninguém sabe quem é o Brás.
As tripas à moda do Porto: há duas teorias, não se sabe qual a verdadeira. Foi
em Ceuta ou com o Mestre de Avis? A
chanfana, de que região vem? E o que é? Sabe-se que no século XVIII era outra
coisa.
Alguns
pratos tradicionais, receberam o nome de seus criadores. Este é o caso do
bacalhau à Gomes de Sá, tradicional receita portuguesa, da autoria de José Luís
Gomes de Sá, falecido em 1926, e na época cozinheiro do Restaurante Lisbonense,
no Porto, lugar em que criou a receita.
Outro
exemplo é o Bacalhau à Zé do Pipo, criado por um cozinheiro de nome José
Valentim no seu restaurante no Porto, mas com a alcunha de Zé do Pipo, nome que
deu ao seu restaurante e ao seu prato de bacalhau.
Outros
pratos, são dedicatórias dos seus criadores a alguém, como as amêijoas à Bulhão
Pato, que frequentava um restaurante da Rua da Bela da Rainha (actualmente Rua
da Prata), mais precisamente o "Estrela de Ouro", onde o cozinheiro
da casa, aproveitou para homenagear o escritor, enquanto bom apreciador deste
prato.
A
criação da francesinha por exemplo, é uma criação de Daniel David Silva,
empregado do Restaurante A Regaleira na década de 1950. Tendo trabalhado em
França, Daniel Silva criou a francesinha com base na tosta francesa, ou
croque-monsieur, e daí o nome.
Outras
encontram origem no folclore, como a conhecida história da sopa da pedra, onde
um frade se proponha a fazer uma sopa apenas com uma pedra e só depois foi
acrescentando o resto dos ingredientes, até chegar á verdadeira sopa.
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