Páginas

Postagens populares

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

CASTANHAS DOCES .... lançamento do doce típico Português

A herança conventual na doçaria Portuguesa agora no Ora Pois. 
A doçaria da Beira Interior Portuguesa é austera e de origem popular. Não abundam por isso os ricos doces de ovos, amêndoas e açúcar que se encontram noutras regiões do país. A relativa escassez de conventos femininos ajuda a explicar esta peculiaridade que encontra a sua excepção em Viseu, herdeira da doçaria do mosteiro de Bom Jesus. Não se sabe se foi essa a origem destes deliciosos bolinhos mas as suas características conventuais apontam para isso mesmo.

ARROZ DE PATO no Ora Pois



Empenhada na divulgação das típicas receitas Portuguesas, o Ora Pois apresenta para seus clientes um prato delicioso, com todo o tempero bem caraterístico Português, o Arroz de Pato.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PORQUÊ TANTOS OVOS NOS DOCES PORTUGUESES?


Entre os séculos XVIII e XIX, Portugal era o principal produtor de ovos da Europa (possivelmente do mundo). A maior parte de sua produção tinha destino certo: fornecer claras para utilização na actividade manufactureira. As claras eram usadas como elemento purificador na fabricação de vinho branco e, principalmente, para engomar as roupas dos ricos e elegantes do mundo ocidental.
     Com tantas claras a serem exportadas, Portugal tinha de utilizar as gemas que excediam em largas toneladas todos os anos. Nas fazendas e criações mantidas pela Igreja, nos mosteiros e, principalmente, nos conventos que se espalhavam às centenas no interior do país, a gema era a principal fonte de alimentação para as criações de porcos e outros animais, que por sua vez eram a principal fonte de alimentação de monges, freiras e aldeões das redondezas. Mas a gema disponível era tanta que ainda assim sobrava.
     A quantidade de matéria-prima – aliada à fartura do açúcar que vinha das colónias portuguesas – foi a inspiração inicial para o surgimento de doces à base das gemas de ovos, realizados pelas cozinheiras dos conventos. Não é por acaso que, muitos nomes de doces portugueses são inspirados na fé católica, como, por exemplo, a barriga de freira, o toucinho-do-céu, o papo-de-anjo, entre muitos outros.
     O destino dos doces era, principalmente, a venda nas vilas das redondezas. O dinheiro da sua comercialização servia para fortalecer o orçamento dos conventos. Aos poucos, o ofício da confecção dos doces passou das freiras para as mulheres que, por diversas razões, eram criadas dentro dos conventos. Rapidamente, os doces de ovos passaram a ser fonte importante de renda em muitas vilas do interior de Portugal. E começaram a chamar á atenção nas grandes cidades. Foram parar nos restaurantes de Lisboa, do Porto, de Setúbal, de Guimarães e, daí, para todo o mundo.

http://docesconventuais.wordpress.com/category/apresentacao/