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quarta-feira, 27 de julho de 2011

MOMENTO

"Onde estão os pratos veneráveis do Portugal Português, o pato com macarrão do século XVIII, a almôndega indigesta e divina do tempo das Descobertas ou essa maravilhosa cabidela de frango, petisco dilecto de D. João IV...


                                                 
Eça de Queirós*

*José Maria de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim, 25 de Novembro de 1845 — Paris, 16 de Agosto de 1900) é um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros romances de importância reconhecida, de "Os Maias" e "O crime do Padre Amaro"; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Pescadinhas Fritas com Manteiga e Limão

Uma receita bem fácil. Não esquecer que as pescadinhas a que me refiro são médias para pequenas, de uma carne branca.
Bom apetite

Ingredientes:
  • 4 pescadinhas
  • 1 colher (chá) de alecrim
  • 1 colher (chá) de sal
  • 1 colher (chá) de pimenta preta moída
  • 25 g de farinha
  • 1 dl de óleo
  • 50 g de manteiga
  • sumo de 1 limão
  • 2 colheres (sopa) de salsa picada
Preparação:

Lavar os peixes e secar com papel absorvente. Polvilhar por dentro com o alecrim e por fora com sal e a pimenta.
Envolver bem as pescadinhas na farinha, sacudindo-as para retirar o excesso.
Levar ao fogo moderadamente forteem  uma frigideira grande com o óleo, deixando aquecer durante 1 minuto. Mergulhar as pescadinhas cuidadosamente no óleo e deixear fritar até ficarem douradas.
Retirar as pescadinhas para uma travessa previamente aquecida.
Escorrer o óleo da frigideira e voltar a coloca-la no fogo brando com a manteiga, o suco de limão e a salsa. Deixe ferver durante 30 segundos, rapando com uma colher de pau.
Jogar o molho sobre o peixe e servir.


O QUE SE COME DE VARIEDADE DE PEIXE EM PORTUGAL

Sempre me perguntam que género de peixes usamos em Portugal. Ora aqui vai uma pequena resenha.
Atum
A cor da sua carne varia, conforme as espécies, entre o branco e o rosado, mas gorda e muito rica em vitaminas,. Pode ser cozinhado em fresco, mas é mais frequente o seu consumo em salgado ou em conserva em azeite.
Bacalhau
Peixe de mar de carne branca que em Portugal, é quase só usado salgado. Desta forma tem de proceder ao dessalgamento. Mas pode também ser consumido fresco ou fumado.Tem muito valor nutritivo, é de fácil digestão. Pode dizer-se que é o símbolo da gastronomia portuguesa. Marca presença em datas festivas, como o Natal, e pode ser servido de muitas formas. O bacalhau é distinguido em: Bacalhau Miúdo ( até 500 gramas), Bacalhau Corrente ( 0,5 a 1 quilo ), Bacalhau Crescido ( 1 a 2 quilos ), Bacalhau Especial ( + de 3 quilos ), Bacalhau Graúdo ( 2 a 3 quilos ).
Carapau
Peixe de mar muito frequente na alimentação portuguesa, frito ou grelhado, podemos falar em churrasco português. Quando atinge maiores dimensões, tem o nome de chicarro e a sua carne perde a delicadeza, mas as espinhas ficam muito melhor para se encontrarem eheheheh
Cherne
Peixe de carne branca, levemente gorda, pode ser grelhado ou cozido num bom caldo aromatizado. É idêntico ao pargo, mas o seu sabor é muito superior.
Dourada
Embora magra, a sua carne é provida de um enorme poder nutritivo. Pertencem a esta família, embora de qualidade inferior, o sargo, o pargo e as bogas.
 Espadarte
A sua carne é gorda, muito consistente e perfumada. A sua preparação é muito idêntica à do atum. É muito frequente servir-se fumado.
 Garoupa
Têm grande importância para a pesca e algumas espécies são inclusivamente criadas em instalações apropriadas, em zonas costeiras.
São habitantes dos oceanos tropicais e sub-tropicais e vivem geralmente em fundos coralinos ou rochosos, onde têm o hábito de esconderem. São predadores activos - a maior parte tem uma boca grande e dentes aguçados, por vezes, mesmo no céu-da-boca. Algumas espécies atingem tamanhos enormes - até 2,40 m e mais de 300 kg de peso. Muitas têm cores brilhantes e padrões de coloração muito especiais.
As garoupas são peixes muito apreciados na culinária, devido à sua carne magra e branca, firme, com espinhas fáceis de retirar e um sabor especial, cozinha-se de maneira idêntica à pescada. A carne de garoupa é, no entanto, mais rija e menos saborosa.
Linguado
Todo o mundo conhece este peixe. Sabor delicado e carne branca. Pessoalmente acho que ele é super valorizado.
 Peixe-espada
De carne branca, magra e muito delicada, é muito saboroso quando fresco. Serve-se quase sempre frito ou grelhado.
 Sardinha
Pequeno peixe de escamas, de coloração prateada. Sua carne tem três destinos diferentes: uma parte é comercializada fresca, outra é destinada à indústria de enlatados e outra para a fabricação de farinha de peixe.
Hoje em dia não é mais possível encontrar a pequenina que normalmente em Portugal se consumia simplesmente frita com as tripa e inteiras.
Hoje em dia cada vez mais caras, são consumidas fritas ou de churrasco com pimentões assados.
 Solha
É um peixe de carne branca, macia e úmida e de sabor delicado.
Se encontram nos supermercados, filetes de solha e solha inteira, tanto fresca quanto  congelada de óptima. Muito versátil, resulta muito bem simplesmente cozida, assada, grelhada ou frita.
 Tamboril
Quase ninguém por aqui ouviu falar. Peixe-sapo alguns dos litoral conhecem, mas desprezam. Talvez pela feiúra, talvez por desconhecer o processo de preparação.
Pergunte para um português e sinta a reação imediata de água na boca. É um dos principais pescados dos que vão à mesa daquele país. E que ganha outros nomes conforme o idioma, mas está sempre presente na galeria de primeira linha da gastronomia: rape (Espanha), lotte (França) monkfish (Inglaterra e EUA) e rana pescatrice (Itália), só para citar alguns.
É uma carne de consistência firme, que lembra em quase tudo a da lagosta.

 Claro que tem bastantes mais , mas esta pequena resenho dá já uma noção daquilo que se consome no que diz respeito a peixes.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

LEITE CREME

RECEITA
Aqui vai a receita desta deliciosa sobremesa.

INGREDIENTES

  • 1 litro Leite
  • 150 gramas açúcar
  • 60 gramas Farinha
  • 1 casca de limão
  • 1 pau de canela
  • 3 a 4 gemas de ovo
MODO DE FAZER


Coloque o leite para ferver junto com a casca de limão e um pau de canela.
Misture bem o açúcar com a farinha e adicione progressivamente ao leite quente.
Deixe ferver durante alguns minutos, mexendo sempre, até adquirir uma consistência menos líquida.
Junte umas colheres deste creme às gemas de ovo mexidas e depois adicione-as lentamente ao creme, mexendo sempre.
Retire o pau de canela e a casca de limão e verta numa taça ou em taças individuais.
Polvilhe com açúcar e queime com um ferro quente, mas se preferir pode polvilhar apenas com canela em pó.

LEITE CREME - UMA HISTÓRIA DOCE

Embora na Europa o Leite Creme seja uma das mais famosas sobremesas, aqui no Brasil mais propriamente em Curitiba a minha experiencia de uns poucos meses no meu querido bistro, Ora Pois, veio me dar a conhecer que esse doce é realmente um desconhecido. Então para todos os meus queridos leitores aqui vai um pouco da história deste maravilhoso doce.

O leite-creme é uma das sobremesas mais famosas que se conhece. Provavelmente algo que ver com o contraste entre o frio e cremoso manjar com a crocante e quente camada de açúcar queimado. Este prato deve ser preparado com cuidado, pois é muito fácil errarmos na sua confecção.

Já nos tempos do Império Romano, se conheciam as propriedades dos ovos, eram muito bons em elaborar receitas baseadas nesse ingrediente. E pensa-se que o leite creme não tenha sido exceção. Desde então até aos nossos dias as receitas de leite-creme têm evoluído.

As primeiras receitas de leite-creme datam do século XVII. Se as suas origens remontam a França, Inglaterra (Crème brulée) ou mesmo Espanha (Crema Catalana), é pouco claro. A primeira vez que se viu a receita de leite-creme foi num livro de Massaliot’s que data de 1691 em França. François Massaliot’s nasceu em Limoges em 1660 e morreu em 1733 em Paris. Ele preparou refeições para Monsieur Philippe, duque de Orleães, irmão de Luis XIV, Madame Princess Liselotte, mulher de Monsieur Philippe. Também preparou refeições para o Delfim (The Dauphin) e vários duques e marqueses. Desta forma é seguro dizer que foi um cozinheiro de sucesso.

No entanto o Trinity College de Cambridge, Inglaterra, também reclama como sua a origem do doce manjar. Eles defendem ser o primeiro produtor desta sobremesa no século XVII, onde o denominaram de “Cambridge Burnt Cream” ou “Trinity Cream” onde tinham um ferro de queimar o açucar especial, pois tinha o símbolo oficial do Trinity College.

Hoje em dia as variedades de leite-creme existentes são infindáveis. E há mesmo quem afirme que há tantas receitas de leite-creme quantas as pessoas que o confeccionam. É um prato simples mas delicioso, que é mundialmente famoso e reconhecidamente bom.
Leite-Creme... Quem não gosta?