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sábado, 16 de maio de 2009

ESPINAFRES? SÃO MESMO BONS???

Este tema me pareceu interessante depois de ler em uma revista sobre os espinafres e os seus mitos. Assim aí vai um pouco sobre esta hortaliça que tantos amam e alguns odeiam ..ora pois aqui vai....

Os espinafres pertencem à família das Amaranthaceae-Cenopodiaceae tal como a beterraba e chega mesmo a partilhar o seu sabor ligeiramente amargo. É uma hortaliça com enorme valor fisiológico e nutritivo. Rico em vitaminas, minerais em forma de sais, clorofila, oligoelementos, fermentos, quercitina, que é um fitoquímico com propriedades antioxidantes, vitamina K, magnésio e manganésio. Existem 93 g de água, 2,3 g de proteínas, 0,3 g de gordura , 1,8 g de hidratos de carbono e apenas umas 20 calorias em 100g de espinafre. É muito importante lembrar que poucos dias após a colheita os espinafres começam a perder nutrientes, pelo que devem ser consumidos o mais rápido possível após a compra, aproveitando sempre a água de cozedura para que não se perca nada do seu valor nutricional e pós 8 dias no frigorífico em temperatura pouco baixa, os espinafres perdem cerca de metade dos nutrientes, pelo que se deve reduzir a temperatura e o tempo de conservação.
Quanto ao ferro pensa-se que o mito da riqueza na quantidade de ferro dos espinafres tenha sido propagado por um erro matemático do dr. E. von Wolf em 1870, sendo corrigido em 1937 por químicos alemães. Entretanto os espinafres contêm níveis altos de oxalato (sal do ácido oxálico), o qual se liga ao ferro formando em oxalato ferroso, o que significa que não pode ser decomposto nem absorvido pelo nosso metabolismo pois interfere na absorção de minerais, nomeadamente de ferro e cálcio. Assim, este vegetal não deve ser cozinhado juntamente com alimentos ricos em cálcio, mas a sua proteína deve ser complementada com a do arroz ou a de outros cereais. É difícil para o nosso organismo absorver de forma óptima o ferro não-heme* de origem vegetal, por isso o consumo de espinafres deve ser concomitante com alimentos ricos em vitamina C. O ácido oxálico também pode representar um problema para pessoas propensas a pedra nos rins e na bexiga (que se formam dos oxalatos). Sem exagero, diz‑se que os elementos activos do espinafre são tão numerosos que substituem meia farmácia. De facto, esta saborosa hortaliça de folha é rica em cálcio, fósforo e enxofre e só com estes três factores ocuparia já um lugar destacado no regime nutritivo, contudo o espinafre oferece ainda uma composição ideal de toda a melhor farmacopeia que é necessária e eficaz para a formação do sangue, ou seja: arsénico (0,009 mg em 100g), cobre, iodo, ferro (10mg em 100g), vitamina C e clorofila, que é quimicamente muito parecida com a hemoglobina humana.
Contém em quantidade notável também vitamina A e vitaminas do grupo B. Note‑se de igual modo a presença da secretina no espinafre, que combinada com a saponina que exerce um efeito de aceleração e aumento da secreção no fígado, na vesícula biliar, no pâncreas, estômago e intestinos.
O espinafre é também uma boa fonte de luteína, que não se encontra em suplementos, mas apenas em frutas e vegetais frescos, que é um tipo de carotenóide altamente eficaz na prevenção de cancro do cólon.
No seu livro A Saúde Pelos Alimentos, o Dr. Ernest Scnheider elege mesmo este legume da seguinte forma: «(...)o espinafre ocupa o primeiro lugar, com grande vantagem, entre as hortaliças, pelo seu conteúdo em proteínas, vitaminas e elementos minerais (...)» e refere a sapiência das Árabes em relação ao mesmo: «…Árabes… sabiam que o espinafre é “bom para o fígado, remédio para a icterícia e laxante para a digestão”.»
O efeito curativo do espinafre ou do seu suco já demonstrou eficácia no tratamento de obstipação, sede, diabetes, tonturas, acne, desmineralização óssea, hipertensão, anemias, durante os anos de desenvolvimento, na aceleração da reposição de sangue, no pós operatório, eczemas cutâneos crónicos, insuficiência funcional das glândulas digestivas (fígado, pâncreas), assim como em hemorragias internas ocultas ou declaradas.
Uma alimentação abundante em espinafres, sempre que não se consumam muitos alimentos de grande produção de ácidos, tais como carne, ovos, avelãs, nozes e semelhantes ou cereais, tende também a produzir uma reacção alcalina da urina, que é a que se procura nas doenças para a desintoxicação, evacuação e expulsão de sal.
Desempenha igualmente um papel importante nas doenças gástricas da amamentação e da primeira infância, bem como na alimentação dos doentes. O seu conteúdo em ácido fólico ajuda a prevenir problemas de desenvolvimento do feto como a espinha bífida.

Rretirada em parte do endereço: http://www.centrovegetariano.org/Article-383-Sobre%2Bos%2Bespinafres.html