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terça-feira, 6 de outubro de 2009

NUTRICIONISTA EDUCADOR


O surgimento da profissão de nutricionista no Brasil foi fortemente influenciado pelos médicos. A busca pela consolidação do espaço profissional dentro desse cenário influenciou a formação do nutricionista, sua atuação e a busca pela ampliação de fronteiras, valorizando a necessidade de capacitação técnica. Porém, deixou em segundo plano a necessidade de valorização do envolvimento do cliente na tomada de decisão de seu tratamento e de sua capacitação para o auto-cuidado.

No atendimento clínico ambulatorial em nutrição, campo de atuação que teve seu primeiro registro no Brasil, em 1976, o saber técnico é fundamental, mas não se basta. É preciso olhar para o outro, conhecê-lo, entendê-lo e intervir, trabalhando para que os conhecimentos façam sentido ao outro. A atuação profissional do nutricionista, que visa à mudança de hábitos alimentares de vida, precisa estar envolvida com o processo educativo, pois educação significa conduzir para um lugar diferente daquele em que se está. Sendo assim, educar é ação constitutiva do nutricionista e sempre acontece quando há relação de ensinar e aprender.

É preciso considerar que o modelo predominante de educação é o de transmissão de informações, também conhecido de ‘bancário’, porém há esforços, mesmo dentro da universidade, para romper com esse modelo. É preciso considerar que educar é ação constitutiva do nutricionista e isso tanto na relação com o cliente como na relação do professor com o aluno do curso de nutrição.