Segundo o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre, o Brasil
conheceu o pão no século XIX.
Antes da introdução do pão na dieta do brasileiro
o que se comia, nos tempos coloniais, era biju de tapioca no almoço e, no
jantar, farofa, pirão escaldado ou massa de farinha de mandioca feita no caldo
de peixe ou de carne.
Um
cronista francês, L. F. Tollenare, viajando pelo interior pernambucano em 1816,
registrou que não era comum o uso do pão, sendo, por outro lado, prodigiosa a
cultura do trigo principalmente em Campina Grande, Paraíba.
No início
da fabricação de pão no Brasil obedecia-se a uma espécie de ritual próprio, com
cerimónias, cruzes nas massas, salmos para fazê-los crescer, afofar e dourar a
crosta, principalmente quando eram assados em casa. Embora bastante vinculada
aos imigrantes portugueses, a atividade da panificação no Brasil se expandiu
com os imigrantes italianos. Os pioneiros da indústria de panificação surgiram em
Minas Gerais. Nos grandes centros proliferaram as padarias típicas,
sendo que na cidade de São Paulo até hoje existem em alguns bairros, como por
exemplo, no Bixiga (“apelido” do bairro Bela
Vista, onde inicialmente se fixaram muitos dos imigrantes italianos), padarias que fabricam pães italianos muito apreciados.
No Brasil, como no resto do mundo, a
produção de trigo se expandiu no rastro da urbanização. Na década de 50,
incentivado pela importação do trigo norte-americano, houve um grande impulso à
indústria de derivados do trigo, fortalecendo ainda mais o hábito de consumo.
Em novembro de 2000, em Nova York, a
UIB – International Union of Bakers and Bakers- Confectioners (União
Internacional de Padeiros e Afins) instituiu, oficialmente, o dia 16 de outubro
como o Dia Internacional do Pão. A iniciativa teve como objetivo valorizar o
produto mais popular nas mesas de todo o mundo, lembrando de sua importância na
composição da alimentação diária.
Pela
origem, vários tipos de pães são característicos de seus países de origem e
suas tradições culinárias, como:
Pão tradicional
português
feito com a mesma massa do pão
francês, comum
no Brasil, de 500 gramas, tem como característica duas bolas nas extremidades,
feitas com as mãos. Recebe três cortes profundos, sendo um no centro e dois aos
lados. Para dar uma maior abertura, sobre o corte coloca-se um pouco de
margarina e farinha de trigo;
Pão árabe, sírio ou pita
pão geralmente redondo, fino;
Pão italiano
geralmente redondo ou em formato de bengala, de casca dura, bastante
aerado por maior adição de
água e pela temperatura mais alta do assamento.
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