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sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

OVO ruim ou bom ?

O ovo, tido no passado remoto como um alimento de excepcionais propriedades nutricionais, foi, no passado recente, acusado, julgado e condenado, baseado em associações inconsistentes, indícios fracos e suposições. Não havia evidências nem provas. Sua pena foi o banimento da dieta, a fim de não ameaçar a saúde da humanidade. Hoje, o ovo tem recuperado grande parte do seu prestígio junto à comunidade científica.
Durante os últimos 40 anos, o ovo tornou-se o símbolo de colesterol alto e da má alimentação. Em todo o mundo, tem sido difundida a idéia de que a ingestão regular de ovos é a principal responsável pela elevação do colesterol no sangue, e o conseqüente aumento no risco de doença cardiovascular. Mas este mito começou a se desfazer há dez anos, aproximadamente, quando a análise em conjunto dos resultados de vários novos estudos sobre a relação dieta/colesterol apontavam para uma nova realidade.que demonstra que o colesterol ingerido na dieta contribui muito pouco para aumentar o risco cardíaco, mais do que isto mostra uma relação muito pequena entre a quantidade de colesterol ingerido e a concentração sangüínea de colesterol (100 mg de redução de colesterol da dieta por dia corresponde a uma queda do colesterol sangüíneo total de 1%).
Então, o que estava errado que levou médicos e cientistas a aconselharem, durante décadas, que as pessoas restringissem a ingestão de alimentos ricos em colesterol, principalmente ovos ?
Não houve propriamente um erro, o problema reside na limitação dos métodos de análise. Nos estudos mais antigos sobre colesterol e doença cardíaca, as dietas não eram ricas somente em colesterol, mas também em gorduras em geral, em gorduras saturadas, e em produtos de origem animal. Associado a isso, essas dietas eram pobres em frutas, vegetais e grãos, fatores que sabidamente influenciam nos níveis de colesterol circulante e no risco cardíaco, beneficiando-os.
A Associação Americana do Coração já não tem mais incluído nos seus guias de normas mais recentes a recomendação de limitar o consumo de ovos. Nesta nova posição, suas velhas qualidades (alto teor de proteínas, vitaminas e sais minerais) voltam a ser exaltadas, e novas estão sendo descobertas (quantidades significativas de carotenóides e colina). Com isso, o ovo está sendo guindado à seleta categoria de alimento funcional.

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